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Sessão 18.

EM BUSCA DO INVISÍVEL

No passado dia 15 de julho de 2013, realizou-se a décima oitava sessão do projeto “EU no musEU”, que marcou o fim de mais ciclo. Lídia Catarino, Paulo Lameiro e Bruno Homem foram os convidados desta sessão. Com Paulo Lameiro e Bruno Homem os participantes exploraram o espaço arquitetónico da Capela do Tesoureiro através da (re)produção de vários sons, emitidos por diferentes materiais e instrumentos, correlacionando-os com as suas memórias e experiências.

Por sua vez, Lídia Catarino com o grupo dos cuidadores informais e sob a temática “Eu sempre presente sem ser visível”, teve a oportunidade deu a conhecer um pouco da investigação material possível sobre a obra de arte, nomeadamente a escultura em pedra (MNMC611; MNMC10454; MNMC3936; MNMC833) e terracota (MNMC676). Para tal recorreu-se a duas técnicas principais: a microscopia ótica de lâminas delgadas de rocha e a análise química por fluorescência de raios X. Iniciou-se a exploração das obras de arte com uma introdução à carta geológica de Portugal (escala 1:500000), onde se localizam os principais grupos de rochas existentes no país. De seguida, analisou-se a tabela periódica e os vários elementos químicos presentes (uns visíveis, como por exemplo o ouro, outros invisíveis, como o oxigénio). A partir daí procedeu-se à análise das esculturas em pedra (vários tipos de calcário, granito e terracota) pelas técnicas referidas, evidenciando as diferenças e semelhanças entre eles e concluindo que nem tudo é o que parece e, só com um estudo pormenorizado e com recurso a equipamentos que "lêem" o invisível podemos saber mais acerca de cada obra de arte.

Concluindo, tal como Carl Sagan (1934-1996) afirmou: “A ausência da evidência não significa a evidência da ausência”.

Sendo esta a última sessão antes das férias, foi pensada entre os dinamizadores de modo a que os grupos se reunissem no final. A um dos participantes, que continua a incluir na sua rotina quotidiana a prática do piano, foi lançado o repto de tocar o que quisesse, para todos. Assim fez, brindando os presentes com várias peças de música clássica, tendo sido acompanhado pelos batimentos ritmados de pedras (representando a terra e a escultura, numa simbologia trabalhada por Paulo Lameiro em toda a sessão), numa festa final de emoção e de expectiva de breve interregno.

Esta sessão marcou o final do segundo ciclo do projeto que, em novembro de 2013, iniciaria uma nova fase. , Foram convidados vários profissionais das mais variadas áreas disciplinares, com o intuito de, através das obras de arte do museu e da sua experiência profissional, realizarem sessões com os grupos, sempre com a orientação da equipa coordenadora do projeto “EU no musEU”.

Esse segundo ano de projeto ficou marcado pela presença de múltiplos convidados que, voluntariamente, se disponibilizaram para dinamizar algumas sessões, aos quais mais uma vez agradecemos todo o empenho e disponibilidade para participar na dinamização do projeto “EU no musEU”, nomeadamente: Maria José Pessoa, Pe. Paulo Simões, Ricardo Kalash, Margarida Pedroso de Lima, Francisco Tavares, Francisco Gil, Lídia Catarino, Paulo Lameiro e Bruno Homem.

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