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Sessão 33.

PRIMAVERA A OUTRA LUZ

 

No passado dia 12 de abril de 2015, decorreu a trigésima terceira sessão do projeto “EU no musEU”, denominada “Primavera a outra luz”.

O Biombo chinês (MNMC5107), doação de Camilo Pessanha, foi o mote para abordagem das estações do ano, nomeadamente da sua iconografia e simbologia, com o auxílio de algumas impressões de exemplares da flora característica de cada estação (e.g.: primavera - malmequeres, mimosas, giestas, amores perfeitos, entre outras espécies da flora portuguesa). Foram assim tratadas a primavera (chūjì, chūntiān), o verão (xiàjì, xiàtiān), o outono (qiūjì, qiūtiān) e o inverno (dōngjì, dōngtiān).

Este biombo tem a particularidade de exibir inscrições em chinês, tanto no esmalte rectangular que representa o inverno (painel nº. 4), como num dos esmaltes quadrados (painel nº. 3). A sua tradução foi feita pelo Sr. Vun Leong Tong, do Museu de Macau.

A primeira das inscrições representa um poema em que os dois primeiros símbolos vermelhos são o nome a quem é dedicado e a assinatura de quem o escreveu. O terceiro símbolo vermelho é a assinatura da mesma pessoa mas com o seu nome artístico. Na segunda pode ler-se: 

 

"A montanha não precisa de ser alta, se lá estiver um deus que a torne famosa. 

O mar (ou rio) não precisa de ser profundo, pois há lá um dragão que se esconde, tornando-o vivo. 

Esta é uma casa simples e imperfeita, mas tem ar e sabor porque eu moro cá. Na escada há musgo, o que lhe dá uma tonalidade verde. A imagem da relva é tão tranquila, refletida através da cortina. Dentro da casa conversam os sábios e os visitantes também não são comuns. Aqui pode-se tocar piano, ler a sutra. Não há barulhos desagradáveis vindos de fora, Não há também documentos entediantes. Esta casa é como a de (...)* e de (…)**.

 

Como dizia Confúcio: "A casa não parece simples e despojada”.

 

Por sua vez o grupo dos cuidadores informais tratou da “Câmara escura e sua utilização desde a Grécia Antiga”, inicialmente através da projeção de uma apresentação, seguida do recorte (para futura montagem e visualização) de uma pequena câmara escura de orifício (a pignole).

A sessão provocou muito interesse e admiração, pois muitos desconheciam o funcionamento da câmara escura e a sua relação com a formação de imagens no olho humano.

Na segunda parte da sessão, Mafalda Vergueiro dinamizou uma série de exercícios de Biodanza, com o intuito de promover o relaxamento e descontração dos participantes.

 

* grande estratega militar da China; 

**  grande combatente da China.

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